Prefeitura aprova tarifa técnica a R$ 5,80, mas valor público deve ser de R$ 4,65
Preço da passagem do transporte público na Capital segue em discussão em meio a ameaça de greve dos motoristas

Reunião com o Conselho de Regulação aprovou ontem que o valor da tarifa técnica, preço considerado o ideal, do transporte coletivo será mesmo o de R$ 5,80. O município, porém, indicou que o preço a ser pago pelo usuário do transporte coletivo deve ser o de R$ 4,65.
Segundo o diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Odilon de Oliveira Júnior, o valor para os passageiros deverá ser o menor possível.
“A lei de mobilidade permite esse destaque da tarifa para que o Executivo dê um desconto para o usuário, então nós criamos essa tarifa no ano passado com esse intuito, amenizar a situação da pessoa que usa ônibus”, disse Oliveira sobre a diferença entre a tarifa técnica e a tarifa pública.
“A tarifa vai ficar dentro do planejamento, hoje ela é R$ 4,40 e poderá ir até R$ 5,80, mas a prefeita já mencionou que ela pretende fixar no mais baixo possível, dando o que é justo. […] Então a tarifa média deve ficar algo em torno de R$ 4,65”, completou o diretor-presidente da Agereg.
A diferença entre o valor técnico e o público se dá porque a Prefeitura de Campo Grande promete dar alguns subsídios ao transporte coletivo, como fez no ano passado, quando foram destinados cerca de R$ 12 milhões, em repasses mensais de até R$ 1 milhão, e a isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Ao ser perguntado sobre isso, Oliveira afirmou que a gestão está trabalhando para que isso seja feito novamente.
“Desde os vários [subsídios] que já foram citados na reunião, como a isenção do ISS, os aportes financeiros são os principais mecanismos para abaixar essa tarifa”, destacou.
Até o início da noite de ontem, no entanto, a prefeitura não havia confirmado se o valor da passagem de ônibus seria realmente fixada em R$ 4,65. Na quarta-feira, a prefeita havia afirmado que o valor ficaria entre R$ 4,65 e R$ 4,80.
Fonte/Créditos: Correio do Estado