Por geração de empregos, comércio registra crescimento em 10 anos
Pesquisa Anual de Comércio do IBGE revela aumento de 20% em unidades locais e 9% de trabalhadores

O comércio de Mato Grosso do Sul vive um período de expansão e fortalecimento, de acordo com os resultados da PAC (Pesquisa Anual de Comércio) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (4). Os dados revelam um aumento de 20% no número de unidades locais comerciais e um acréscimo de 9% no emprego no setor ao longo dos últimos 10 anos.
Em 2021 estado registrou um crescimento expressivo de 20% no número de unidades locais, que se refere aos estabelecimentos comerciais ou lojas que operam no Estado. Ao todo foram 26.076 lojas. Esse dado representa um salto em relação a 2012, quando havia 21.725 estabelecimentos comerciais em funcionamento. Dentre os segmentos analisados, o comércio por atacado foi o que apresentou o maior crescimento, com um aumento de 63,4% no período, seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas, com 17,2%, e o comércio varejista, com 15,4% de acréscimo.
O setor comercial sul-mato-grossense também registrou um crescimento sólido na geração de empregos nos últimos 10 anos. Em 2021, foram empregadas 142.325 pessoas pelas empresas comerciais do estado. Dentre os segmentos, o comércio varejista se destaca como o maior empregador, absorvendo 74,6% da força de trabalho do setor, o que representa um total de 106.238 trabalhadores. O comércio por atacado empregava 15,8% (22.418 trabalhadores) e o comércio de veículos, peças e motocicletas empregava 9,6% (13.669 trabalhadores).
Em relação aos salários e remunerações, houve um aumento notável de 131% entre 2012 e 2021, totalizando R$ 3,9 bilhões em pagamentos. O comércio por atacado pagava o maior salário médio mensal, com 2,8 salários mínimos, seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas, com 2,6 salários mínimos, e pelo comércio varejista, com 1,7 salários mínimos.
O ano de 2021 também foi marcado por um recorde na receita bruta de revenda de mercadorias. O comércio do estado gerou uma receita operacional bruta de R$ 119,8 bilhões, representando um aumento de 227,9% em relação a 2012, quando a receita era de R$ 36,5 bilhões. O comércio por atacado respondeu por 54,8% desse montante, enquanto o comércio varejista contribuiu com 35,9% e o comércio de veículos, peças e motocicletas com 9,3%.
Além disso, a margem de comercialização no estado atingiu o seu pico em 2021, totalizando R$ 20,2 bilhões. Esse valor representa um aumento de 211,1% em relação a 2012. O setor de atacado foi o que apresentou o maior crescimento nesse aspecto, com um aumento de 274,0% em sua margem de comercialização, passando de R$ 2,3 bilhões para R$ 8,6 bilhões.
Via Campo Grande News