Polícia Civil de MS mira esquema de envio de drogas para a Amazônia
Operação realizada em parceria com a Polícia Civil de Mato Grosso prendeu um dos envolvidos na distribuição de entorpecentes para o tráfico interestadual

Nesta terça-feira (25), a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) de Mato Grosso (MT), deflagrou a “Operação Mato Seco”, que mira frustrar um esquema de tráfico de drogas que “começa” em Campo Grande.
Durante a manhã, foi preso um dos seis envolvidos investigados pela Polícia. O homem, de 40 anos, era procurado por ser o responsável por repassar drogas a um traficante preso em fevereiro, em Cuiabá.
O alvo estava em um dos endereços em que as equipes policiais realizariam busca e apreensão, uma residência localizada no bairro Dom Antônio. Segundo o delegado da Denar, Roberto Guimarães, o traficante seria um dos maiores responsáveis pelo tráfico de drogas no bairro, e responsável também por armazenar os entorpecentes que seriam distribuídos posteriormente para outros estados.
“Esse investigado é uma pessoa extremamente importante para nós, porque ele é uma das pessoas responsáveis pela distribuição de drogas também na região”, afirmou Guimarães.
Além disso, investigações confirmaram a conexão de A.A.S. com o traficante preso em fevereiro, em Cuiabá.
Com o detido, não foram encontrados entorpecentes. No entanto, em um terreno ao lado de sua residência, foram desenterradas 256 gramas de maconha, 522 gramas de cocaína, uma balança de precisão e um pacote pinos do tipo eppendorfs.
“Pode parecer pouca quantidade, mas não é, porque eles dividem isso em pequenas porções, que são comercializadas”, comentou.
A Polícia também procura por um casal de Campo Grande, e investiga outros dois suspeitos de Mato Grosso envolvido no esquema.
Na Capital, foram cumpridos 6 mandados de busca e apreensão, nos bairros Parque do Lageado, Jardim Zé Pereira, Moreninha, Amambai e Dom Antônio.
A Polícia acredita ainda que os investigados tenham ligação com facções criminosas de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Também em Aripuanã
Enquanto algumas equipes realizavam a Operação Mato Seco em Campo Grande, outras cumpriam mandados em Aripuanã, cidade localizada a 960 km de Cuiabá, que também faz parte da rota do tráfico. Um homem, que não teve o nome divulgado, foi preso.
Segundo o delegado André Rugonato, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE/MT), o detido seria um dos “donos” da droga interceptada em fevereiro, e um dos responsáveis por comandar o esquema. Com o homem, a polícia encontrou 15 kg de maconha.
As investigações continuam em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e devem ser estendidas até o Pará.
Entenda
O esquema começou a ser acompanhado em 22 de fevereiro deste ano, quando um homem foi preso chegando em Cuiabá, na BR-163, com 15 kg de maconha. Segundo a titular da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) de Mato Grosso, Juliane Palhares, a prisão foi essencial para o desdobramento do caso.
“A partir dessa prisão, em fevereiro deste ano, a gente conseguiu caminhar na investigação e identificar algumas pessoas envolvidas nesta dinâmica da rota da maconha, especialmente, que sai aqui de Mato Grosso do Sul, e chega até o norte de Mato Grosso”.
A droga sai da Capital sul-mato-grossense, chega a Cuiabá (capital de MT, localizada a 703,6 km de Campo Grande), em nova distribuição é levada ao município de Aripuanã (localizado a 956,8 km de Cuiabá) e é posteriormente é transportada ao Pará, que faz fronteira com Mato Grosso.
“Nós conseguimos identificar algumas pessoas envolvidas, as investigações terão continuidade, ainda há diligências em andamento, e possivelmente com ramificações pelo estado do Pará, dado a proximidade da fronteira”, concluiu.