A contrário do restante do País, casos de zika caem em Campo Grande

Número de notificações nos sete primeiros meses foi 28% menor que em 2022. Nenhuma gestante foi infectada nos últimos três anos

Notícias | 22 de agosto de 2023, por redacao@msalerta.com.br

Ao contrário do que ocorreu em praticamente todo o Brasil, as notificiações de zika vírus caíram 28% nos primeiros sete meses deste ano na comparação com igual período do ano passado em Campo Grande. 

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), entre janeiro e junho do ano passado foram notificados 82 casos suspeitos de zika, contra 59 em igual período de 2023. No Brasil, o Ministério da Saúde registrou aumento de 20% e as notificações passaram de 5.910 para 7.093.  

Mas apesar do recuo na quantidade de registros neste ano, o número ainda é 250% superior ao quantitativo de notificações em 2021 em Campo Grande, conforme mostram as estatísticas da Sesau. 

Os meses de março e abril, com 17 e 19 casos respectivamente, foram os mais críticos em Campo Grande. O período coincide com o pico das notificações de dengue na cidade, já que o mosquito transmissor é o mesmo. Naqueles dois meses foram notificados quase 7,5 mil casos de dengue.

Depois disso, em maio ocorreram oito notificações, duas em junho e nenhuma no mês seguinte, indicando que a situação está sob controle depois do período crítico. 

Em 2023, seis casos foram confirmados em exames de laboratório, contra apenas um caso no ano passado. A Sesau não precisou, contudo, se o número de exames laboratoriais neste ano foi menor ou se realmente a quantidade de confirmações foi maior. 

O zica vírus é especialmente perigoso quando atinge gestantes, pois em grande parte dos casos provoca graves sequelas nos bebês. Mas, de acordo com a Sesau, nos últimos três anos não houve registro de zika em gestantes na Capital. 

Sintomas 

Os sintomas mais comuns da zika são: dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. 

A principal forma de evitar a doença é eliminar os criadouros do mosquito, ou seja, evitar acúmulo de água parada em vasilhas, vasos de plantas e pneus velhos; instalar telas em janelas e portas; usar roupas compridas (calças e blusas) ou aplicar repelente nas áreas do corpo expostas e dar preferência a locais com telas de proteção e mosquiteiros.

Via Correio do Estado