Umidade de deserto em MS: confira dicas para os dias de tempo seco

A umidade do ar próxima aos 15% é a mesma que ocorre em regiões desérticas

Especiais | 17 de maio de 2023, por redacao@msalerta.com.br

Nesta quarta-feira (17), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou um alerta de perigo para os riscos relacionados à baixa umidade relativa do ar em Mato Grosso do Sul. Entre hoje e amanhã (18), a umidade deve variar entre 20% e 12% em algumas regiões do Estado, diz o instituto.

A umidade do ar próxima aos 15% é a mesma que ocorre em regiões desérticas. No deserto do Saara, a umidade costuma variar entre 14% e 20%.

Segundo o Inmet, passamos por um período em que é adequado beber bastante líquido, evitar desgaste físico nas horas mais secas e exposição ao sol nas horas mais quentes do dia. 

Há, sobretudo, maior risco de incêndios florestais e à saúde, bem como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.

A região leste do Mato Grosso do Sul deve ser a mais afetada pela baixa umidade relativa do ar. 

Conforme explicação do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), este cenário ocorre devido à atuação de uma massa de ar seco, e esperam-se temperaturas máximas de até 32°C. 

Na região centro-norte do Estado, também são previstos valores baixos de umidade relativa do ar, entre 20% e 40 %. 

Dicas do especialista

Em entrevista à Assembleia Legislativa do Estado, o médico pneumologista Ronaldo Perches Queiroz, alertou sobre a relevância de reforçar os cuidados com a saúde.

Segundo ele, com a chegada do outono e a proximidade ao inverno as pessoas ficam mais suscetíveis à irritação das mucosas e as doenças respiratórias em razão dos dias serem mais secos e com maior concentração de poluentes. 

De acordo com o especialista, é importante que os portadores de doenças respiratórias crônicas façam o uso da medicação e check-ups regularmente. 

Ele explica que muitos pacientes, por falta de esclarecimento, acabam negligenciando o tratamento e apenas usam medicação quando entram em crise.

Ronaldo Queiroz também falou sobre a síndrome pós- Covid. “A pandemia de Covid acabou, mas agora é preciso se preocupar com uma possível epidemia subjacente mais silenciosa, a síndrome pós- Covid, que em alguns casos pode levar até ao afastamento de trabalho”, afirma o especialista.

Ronaldo explica que estudos mais recentes mostram que as principais manifestações do pós-Covid são: fadiga; falta de ar; dores de cabeça; queda de cabelo; tromboses; dificuldades de linguagem, raciocínio e memória, entre outros.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) o processo de hidratação deve ser interno, com a ingestão de no mínimo dois litros de água por dia, e por fora, com uso de hidratantes para a pele, rosto e lábios.

No inverno é comum a amplitude térmica, com temperaturas mais baixas pela manhã e noite e calor à tarde, o que torna comum os banhos quentes, que também devem ser evitados, pois podem alterar a saúde da pele.  

Protetor solar é indispensável, mesmo quando a pessoa não sai de casa.  

Balanço de chuvas de maio 

Nesta terça-feira (16), o Cemtec divulgou o balanço de chuvas de maio em Mato Grosso do Sul. 

Conforme os dados, as chuvas ficaram abaixo da média histórica na região norte do estado, com chuvas acumuladas entre 0 e 5 milímetros (mm). 

Na região centro-sul, as chuvas variaram entre 10 e 35 mm, com os maiores acumulados para a região sul do Estado. 

Segundo o Cemtec, tais chuvas estavam associadas a deslocamento de cavados, disponibilidade de calor e alta umidade. 

“Além disso, a atuação de sistemas de baixa pressão atmosférica e o avanço de frentes frias favoreceu a formação de instabilidades no estado. Também as chuvas na região sul, podem ter sido favorecidas pela atuação do El Niño”, relatou o Cemtec. 

Em contexto geral, por enquanto, observa-se que grande parte dos municípios monitorados apresentam chuvas abaixo da média histórica. 

Por outro lado, apenas o município de Sonora já superou a média histórica do mês em apenas 15 dias de maio. 

Fonte: Correio do Estado