Motoristas de aplicativo da Capital decidem aderir à paralisação nacional

Entre as cobranças dos motoristas, está a exigência para que os valores repassados as empresas diminuam

Notícias | 15 de maio de 2023, por redacao@msalerta.com.br

Em busca de melhorias, os motoristas de aplicativo de Mato Grosso do Sul aderiram nesta segunda-feira (15) ao movimento nacional de paralisação. Com a previsão de durar 24h, os condutores pedem maior repasse e também segurança das empresas responsáveis.

De acordo com o presidente da Associação de Parceiros de Aplicativos de Transportes de Passageiros e Motoristas Autônomos de Mato Grosso do Sul (APPLIC-MS), a manifestação não seguirá um modelo padrão, mas todos os trabalhadores devem aderir de alguma forma.

“O pessoal está fazendo a paralisação da maneira que acha conveniente, de uma forma que acredita que vai atingir as plataformas. Uns não saíram de casa, outros estão andando devagar e com o app desligado, outros estão parados pelas ruas. A ideia é que as plataformas sintam reflexos”, explicou Paulo Pinheiro, residente da APPLIC.

Na Capital, dos 7 mil motoristas cadastrados nas plataformas da Uber e 99, é esperado que pelo menos metade dos profissionais paralisem suas atividades durante todo o dia, segundo o presidente da Applic.

A paralisação dos trabalhadores deve afetar diretamente os preços das corridas e, segundo o presidente da associação, os valores mais altos podem ser uma estratégia das empresas para conquistar os motoristas e burlar a paralisação.

“Os aplicativos jogam valores tentadores para chamar atenção do motorista, jogam sujo nessa época, como se fosse corrida dinâmica. A gente pede que a população não pague esses valores”, afirmou Paulo.

Reinvindicação

Entre as cobranças dos motoristas, está a exigência para que os valores repassados as empresas diminuam.

“Não tem como passar de 25% a 40% para uma empresa que praticamente não tem gastos com o motorista. Tudo é por conta dele: internet, gastos com o carro, combustível, IPVA. Nossa ideia é voltar a falar sobre o que sempre pedimos, de 12% a, no máximo, 15%. Não pode ser além disso”, ressaltou o presidente.

A categoria também lembra que não há nenhum tipo de seguro para motoristas, nem para passageiros. Outro pedido é para que as empresas tenham Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) funcionando, ou algum outro canal de comunicação. “Em Campo Grande está tudo fechado, o 0800 não funciona, ou seja, está uma bagunça”.